Como podemos ficar livres da ansiedade, de uma maneira prática?
Dia dois: Como podemos ficar livres da ansiedade,(...) de uma maneira prática?
Texto de Watchman Nee
Em tudo sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. Atenção, há um "porém! Contanto que Sigamos esse "porém", tudo estará bem. Quer estejamos sentados, deitados ou andando, podemos fazer o que o versículo nos ensina. Fazer o quê? Falar com Deus de três maneiras. A primeira maneira é a oração; a segunda é a súplica, quando fazemos petições específicas, provenientes do nosso coração, por necessidades específicas; e a terceira maneira são as ações de graça pelas petições que fazemos diante de Deus. Enfim, devemos tornar tudo conhecido de Deus pela oração, pela súplica, e tudo com ações de graça. Entretanto, nós não agimos assim se estamos cheios de ansiedade e carentes de alegria.
Como seria bom se colocássemos tudo o que enfrentamos, item por item, nas mãos de Deus! Caso contrário, quando surgir a primeira dificuldade, nós a colocaremos sobre nós mesmos. Depois virão a segunda e a terceira dificuldades e nós também as colocaremos sobre nós. É assim que o fardo vai ficando cada vez mais pesado, e como resultado de tanta pressão, nós perdemos a alegria. Uma boa ilustração é o trabalho dos operários na construção de um edifício. Quando transportam tijolos para o teto do edifício, eles vão passando os tijolos do nível mais baixo para o nível mais alto, andaime por andaime, até alcançar o teto. O trabalho anda rápido se cada tijolo for passado adiante, tão logo seja recebido. Suponha que o operário do meio não passe adiante o tijolo recebido, ou que o operário que está no teto se recuse a receber os tijolos. Que acontecerá? O operário do meio morrerá esmagado pelo crescente acúmulo de peso. A nossa relação com a ansiedade é exatamente igual: Quando passam uma preocupação para nós, e nós deixamos de enviá-la a Deus para que Ele a carregue, então a preocupação certamente nos esmagará. Não devemos permitir que as preocupações nos pressionem, mas devemos passá-las para Deus. Toda vez que uma preocupação chegar, devemos imediatamente enviá-la a Deus. Não devemos, passivamente, acumular fardo após fardo: nós temos uma saída!
A saída é: "Em tudo sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça." Por sermos cristãos temos essa "saída", porque temos o Senhor, e porque Ele está perto. Orar é privilégio de cristão. Nós podemos orar não só por grandes coisas ou por pequenas coisas, mas podemos orar por tudo! Podemos orar por tudo o que justifica a nossa ansiedade e por tudo o que pode causar em nós qualquer preocupação. Não ficamos ansiosos de coisa alguma, não porque somos naturalmente otimistas nem porque somos pessoas sem objetivo, que não se preocupam com nada; mas é porque temos Aquele a quem podemos tornar conhecidas as nossas petições; temos Aquele em quem podemos confiar, e que carrega nosso fardo. E somente por isso que nos é possível não ficar ansiosos de coisa alguma. Não precisamos nos preocupar, pois podemos confiar tudo a Deus por meio da oração
A oração é a nossa saída; Deus é a nossa saída! Será que a oração e a súplica são suficientes para ficarmos livres da ansiedade? A Bíblia não menciona só oração e súplica, mas também menciona ações de graça. Precisamos nos lembrar sempre: Tudo o que é colocado em nossas mãos é proveniente das "mãos que foram traspassadas", e tudo o que nos sobrevém é ordenado pelo Senhor que morreu por nós. Por isso podemos de antemão agradecer a Deus dizendo: "Ó Senhor, Tu não erras jamais!" Orar é para receber algo de Deus, ao passo que dar graças é apresentar-lhe nossa oferta de ações de graça. A Bíblia não apenas diz que devemos orar e pedir, mas também diz que devemos dar graças. Sendo assim, em que tipo de coisas devemos dar graças? Nós devemos dar graças em tudo. Damos graças a Deus não só em momentos de alegria, mas também em momentos de tristeza e angústia; não só damos graças pelas coisas que nos parecem boas, mas também pelas que consideramos más.
Houve um certo professor universitário que tinha mania de falar palavras pessimistas. Num dia bonito, alguns amigos seus lhe perguntaram: "Diante de um belo dia como este, com sol brilhando, pássaros cantando e grama tão viçosa, você certamente não tem nada de negativo para dizer, não é?" Ele deu uma olhada em tudo, e ninguém pensou que ele fosse fazer qualquer comentário, mas ele disse: "Isso não vai durar muito tempo." Todos os cristãos que não têm um coração de gratidão para com o Senhor são iguais àquele professor: se são oprimidos por pesados fardos, gemem e murmuram, mas jamais têm um coração de gratidão.
Mas também houve uma história que foi o oposto da anterior: Havia um cristão que trabalhava numa estação ferroviária. Quer na doença, quer na saúde, em prosperidade ou em miséria, ele sempre dava graças a Deus. Por essa razão, seus colegas chamavam-no de otimista. Um dia, enquanto fazia reparos nos trilhos, um trem atropelou-o, cortando-lhe uma perna, e ele desmaiou. Assim que recobrou a consciência, ele deu graças a Deus. As pessoas que estavam à sua volta admiraram-se porque, depois de perder uma perna, ele ainda dava graças a Deus. Mas ele explicou: "Graças a Deus porque eu ainda tenho uma perna boa!" Ó cristãos, precisamos adquirir o hábito de procurar oportunidades para agradecer a Deus. Mesmo que você tenha motivos de preocupação, ainda pode lançar a sua ansiedade e o seu fardo sobre Deus; então será impossível você não ficar alegre.
Nenhum comentário: